quinta-feira, 17 de junho de 2010

Novela é o que movimenta o mercado


Quem nunca comprou um brinquinho da Jade??
Ou uma bota da America?
Não usou as pulsseiras da Maia?


Por mais bobo que possa parecer, as novelas tem grande poder de influencia sobre o gosto e as inclinações de compra dos consumidores. Pois a grande massa que tem acesso a esse tipo de entretenimento, normalmente procura referencia nas novelas na hora das compras.

Assim vemos grandes fenomenos de venda ocorrerem de acordo com o passar de uma nova novela. Mesmo que seja uma tendencia de consumo curta, ambulantes e lojas de menor valor agregado agarram essas febres por determinados produtos e movimento muito dinheiro em cima dos folhetins e suas tramas.
A nova procura por produtos da 'novela' é o esmalte usado por Maite Proença em Passione. Trata-se de uma cor chamada Passion (lilás claro), fornecida pela marca Balb Lacquer (R$ 2,90). A grande demanda tem refletido diretamente nos estoques. Esse item já faz parte dos 10 mais procurados pelos telespectadores da Globo, informação colhida pela Central de Atendimento ao Telespectador da Emissora.
Mesmo sendo uma tendencia de consumo com rapida ascendecia e declinio igualmente instantaneo, esse tipo de produto pode se tornar uma boa oportunidade de melhorar as vendas, nao se trata de um produto com clientela fiel como um jeans Diesel, mas de um momento de aproveitar a onda do modismo e vender muito até o fim da novela.

Carmim shoes???

A Carmim é velha conhecida no meio da moda, tanto por seu estilo exuberante de ser como pelo alto valor dos produtos. Assim a consumidora Carmim valoriza o produto, o preço, mas principalmente a marca.
Mais recentemente a marca tem desenvolvido alem da linha de confecção, uma linha de acessorios que se expande em bolsas, bijoux e o carro chefe: os sapatos.
Estes são notados principalmente por serem identificados rapidamente por ser Carmim (a coroa está sempre na maior parte dos acessórios) e pela qualidade superior nos acabamentos, materiais e adornos. Existe uma preocupação grande quanto ao desempenho do produto junto ao consumidor e ao mercado ao qual ele é destinado.
Segundo Juliana Cambruzzi, gerente comercial da Carmim acessorios, a parte mais importante e eficiente de manter um bom produto é estar sempre atento ao consumidor e aos novos comportamentos da sociedade. Coisas minimas podem fazer de um produto um sucesso ou um fracasso.
Superando as espectativas a Carmim acessórios deixará de ser apenas uma extenção de marca, para se tornar uma nova empresa com direito a loja propria nos Jardins, em São Paulo, com previsão de inauguração no fim de 2010. Essa nova empresa será a Carmim Shoes.

Essa situação alcançada pela Carmim só foi possivel devido ao um trabalho arduo do departamento Comercial e Departamento de Desenvolvimento de Produto, buscando sempre a maior e melhor ocupação da marca em multimarcas espalhadas por todo o país.
Trata-se de uma somatória de forças entre marketing eficaz, relações comerciais entre consumidor, fornecedor e revendor séria, atendimento premium nos pontos de venda e um bom produto.
Prova do sucesso da marca são as vendas em crescimento, o lançamento de uma nova empresa e até mesmo a pirataria de seus produtos.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A nova cara da C&A

Até bem pouco tempo a C&A era vista como um grande magazine, com certa (le-se: pouca) informação de moda porem com preço acessivel, direcionado para a classe C e com grande facilitador de credito.

A marca sofreu uma grande mudança em todo seu layout, seja em seu visual merchandising e principalmente em seu posicionamento junto ao consumidor. As lojas foram reformadas, com nova disposição de produtos e a C&A começou a fazer mini-coleções assinadas dentro do seu mix.

Suas mini-coleções passearam entre celebridades internacionais e estilistas brasileiros renomados, exemplo disso é Isabela Capeto, Reinaldo Lourenço, Fergie, Nicole Scherzinger, Beyonce e Alexandre Herchcovitch.

Assim como a C&A, outros magazines fizeram uso dessa estrategia é o caso de H&M. Quando fez parcerias com Jimmy Choo e Comme de la Garçonnes. Essas empresas fazem parcerias a grandes marcas ou a celebridades para terem sua imagem associada ao parceiro.

A C&A, como a H&M buscam com essa ação de marketing agregar valor a seus produtos, além da busca obvia por maiores vendas e lucros respectivamente.

Digamos entao que se trata de uma parceria feliz a todas as partes: Magazine, Celebridade / Estilista e Consumidor.


- Magazine: Tem sua imagem associada a um simbolo formador de opniao que vende e muito, pois faz uso da imagem elitizada de alguem ou algo bem aceito e posicionado no mercado.
- Celebridade /Estilista: Altos lucros com esse tipo de contrato de uso de imagem.

- Consumidor: O milagre da marca se faz onde o consumidor busca fazer parte de um grupo de distinção e prestigio, pela satisfação de desejos de status e auto-afirmação. Simplificando: Não posso comprar um vestido Reynaldo Lourenço na Bela Cintra, mas posso ir ao shopping Aricanduva e ser uma mulher Reynaldo Lourenço tambem, como as sandalias da coleção da C&A.

A C&A renovou e mudou sua imagem buscando ampliar seus negocios e agregar valor a sua marca. Apesar de uma marca ser uma estancia fragil, ela tambem pode ser muito poderosa quando bem promovida. (SEMPRINI, 2006).
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:
-SEMPRINI, Andrea. A marca-pós moderna: Poder e fragilidade da marca na sociedade contemporanea. São Paulo: Companhia das Letras, 2006

CHANEL - 505 Particulière




Quando abrimos qualquer site ou blog relacionado a moda e beleza percebemos que um produto em especial tem se tornado muito desejado entre as mulheres: O esmalte.
Não estamos falando de um esmalte qualquer mas de um esmalte da marca: CHANEL, eles custam em torno de R$92,00 (www.sacks.com.br).
O mais impressionante é a procura por esse produto.
Devido a grande procura em muitos lugares eles estao esgotados. O preço elevado direcionado a um determinado publico-alvo e a falta do produto original, tem feito com que surjam formas e misturas de esmaltes nacionais para atender essa demanda. São as chamadas 'misturinhas'.

Semprini, afirma que o posicionamento de marca quando bem direcionado faz com que a funcionalidade do produto fique para segundo plano, tornado este um objeto de desejo entre seus possiveis consumidores. (2006).

Podemos entender então, que a Chanel é uma marca de grande importancia e seu posicionamento tem atingindo a muitas mulheres das quais querem fazer parte do universo Chanel, para se apropriar do discurso de sua imagem, seja pela elegancia e inovação ou pela possivel associação com o estilo da tão emblematica Coco Chanel. Simbolo de moda, criatividade e estilo até os dias de hoje. Pensando nisso, entendemos que o esmalte trata de um fenomeno comportamental pela busca por distinção, mesmo que na imitação.

O fato é que a cada coleção lançada pela Chanel, os esmaltes tornam-se desejo absoluto no dia seguinte. Tudo por conta de uma publicidade acertada.
Assim, mas do que comprar um esmalte ou passar uma 'misturinha' parecida com a Chanel, compramos primeiramente o discurso e a imagem de marca. Compramos a Chanel para sermos a forma personificada dessa mesma marca, nem que seja por um produto 'singelo' como o esmalte.





REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

- SEMPRINI, Andrea. A marca pós-moderna: Poder e fragilidade das marcas na sociedade contemporanea. São Paulo: Companhia das Letras, 2006

- http://www.sacks.com.br/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A influencia das revistas de moda no consumo


Segundo Semprini a comunicação de uma empresa é mais importante até mesmo que a funcionalidade de seus produtos. Assim a forma com que uma empresa se posiciona junto ao mercado e seus consumidores definira seu sucesso ou fracasso(2006).

Existe na contemporaneidade muitas formas de se promover uma marca, porem uma das mais antigas e eficazes ainda é a midia impressa.


Entao qual seria a força da midia impressa quanto a promoção de um produto?

A midia impressao foi criada no seculo XX por Gutemberg e era direcionada somente a uma elite letrada. Sendo que essa só veio fazer parte da cultura de massa, após a revolução industrial. Nesse momento vemos que a cultura deixa de ser forma de critica e expressao, tornando a informação em objeto de consumo. (COELHO, 2007).

O mercado como um todo percebeu que a midia cria visualidade dos seus produtos junto ao publico. Portanto, anunciar em veiculos adequados ao seu público-alvo é impressindivel as marcas.

Nos produtos de moda temos como veiculo potente as revistas desse segmento. Em sua criação tinham como função informar as novidades da alta-costura usada na alta-sociedade.
Hoje elas ainda informam, disseminam tendencias e inovações. Porem alem de informar acabam por induzir o consumo.

A influencia ocorre a cada pagina com um anuncio, em um editorial ou numa simples fotografia com o uso de um produto de uma determinada marca. As revistas são um canal de comunicação onde as empresas podem alcançar seus consumidores.

Quando uma marca anuncia em uma revista ela deposita ali todo o seu discurso. A imagem ali composta tem o poder de ser tornar entidade autonoma, sedutora, personificada que exalta as qualidades do produto (SEMPRINI, 2006).

Os produtos deixam de ser somente objetos para criar necessidades nas pessoas. Assim o objeto deixa de ser inanimado para ser algo desejado, seja por um individuo ou por um grupo (BAUDRILLARD, 1973).

Percebemos que as fotografias impressas nas revistas tem o poder de difundir novos mundos e discursos dentro do consumidor. Criando paralelos entre a fotografia e a antropologia contornando a identidade do consumidor.


Estimulos são direcionados a esse leitor, porem só podem aflorar como desejos devido a certas necessidades: auto-afirmação, desejo profundo de afirmação ou pelos muitos desejos intimos que fazem ainda maior a sedução que a imagem proporciona (ANDRADE, 2002).



REFERENCIAS BIBLIOFRAFICAS:

- ANDRADE, Rosane. Fotografia e antropologia: olhares fora-dentro. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.
- BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. São Paulo: Editora Perspectiva, 1973.
- COELHO, Teixeira. O que é industria cultural. São Paulo: Brasiliense, 2007.

- SEMPRINI, Andrea. A marca pós-moderna: poder e fragilidade da marca na sociedade contemporanea. São Paulo: Estação das Letras, 2006.